12 maio, 2008

Bola de Neve

Qualquer fenômeno, de qualquer espécie, que aconteça a qualquer pessoa, em qualquer lugar, dia ou hora, pode se transformar numa situação fora de controle, uma bola de neve em que nos envolvemos, que não conseguimos sair, mas que em alguma hora vai arrebentar. Invariavelmente somos tomados por uma energia qualquer que nos empurra contra um precipício e a isso assistimos na maior passividade ou, no pior dos casos, contribuimos para o empurrão final. E o que fazer numa situação como esta? Nos deixamos levar ao precipício rezando para que não seja tão alto? Usamos uma força motriz contrária para causar atrito e impedir a queda? Ou nos deixamos assistir a tudo, ficando a cargo dos outros aquilo que poderíamos evitar com as próprias mãos? E se cairmos e a queda valer a pena?
Pretendo me anestesiar a tempo de me esquivar do tal precipício. Por que uns são rasos, mas outros não têm volta. E a bola de neve? Essa já está imensa, gorda, pesada. Rolando escadas abaixo, esperando para atropelar as borboletas que estavam passando, ainda agora, por aqui.

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